terça-feira, 20 de dezembro de 2011

MENSAGEM AOS FORMANDOS DE JANUÁRIA (sem data)

Prezados afilhados,

Recebi há cerca de dois meses a honrosa incumbência de paraninfá-los no ato solene da 8ª série do Curso Fundamental. Durante todo o tempo decorrido, até o dia de ontem alimentei a esperança de poder me dar grande alegria de estar presente, para lhes falar dialogando a última aula, em que devia, em palavras singelas e objetivas, indicar-lhes o caminho a seguir, a partir de agora, quando se lhes despontam novos horizontes, para as conquistas que a vida impõe.
Educar, já disse alguém de grande lucidez, “é a razão de ser da vida”. Doar nossas reservas humanas para a realização do sublime mandato, o dever precípuo do pai, do mestre, do homem dentro da sociedade.
Eis que a existência na integração dos fatores que a constituem, está aí, a oferecer imensa gama de oportunidades, a ensejarem a aprendizagem e a formação da juventude.
Pondo de parte aquilo que o aluno recebe, observamos como Aguayo, que muito maior ensejo ele tem de aprender, pelo exemplo edificante ou pelas práticas de comportamento que deve refletir, através do que o grande educador, denominou de educação reflexa.
Esta, realmente, muito antes dos processos convencionais de aprendizagem cognominada “moderna” já atuava com eficiência e durabilidade, de pai para filho, de mestre para aluno, transportando a tradição do passado à atualidade contemporânea do aluno, e fazendo do tempo e do espaço geográfico, a unidade que os povos recolhem e transmitem ao futuro como contexto de civilização, em fronteiras ou limitações cronométricas.
Aí, vamos deparar, objetivamente as grandes obrigações que nos vinculam, nós os homens unidos à terra co certa antecedência – ao dever de observarmos uma conduta que sirva de exemplo, conforme postulam os mestres para a distinta e promissora juventude. E esses exemplos, começam no lar, lá tem seu reinado organizado na Escola, mas estão presentes em todos os momentos, nos relacionamentos de vida prática, onde que se encontra a criatura humana, em todos os acontecimentos, seja os conceitualmente da ordem positiva, ou os da ala negativa.
Aprende-se, enquanto se lê uma página em que são relatados fatos que promovem o ser humano pelo esforço honesto; aprende-se enquanto se testemunha e julga os fatos de um pleito eleitoral, onde controvérsias e distúrbios de conduta estão de permeio com o entrechoque do entrevero político, ressaltando o belo, o ideal a ser seguido e, igualmente, aquilo que devemos indicar à posteridade como o procedimento que detém o progresso da humanidade. Aprende-se finalmente, em tudo que nos cerca, na maneira de agir de um juíz, numa partida esportiva, e muito mais, ainda, pode-se conhecer o homem, e saber o que dele devemos imitar, nas páginas que a imprensa dedica aos atos anti-sociais e ao crime.
Meus queridos afilhados:
Tudo isso e muito mais, mormente, no que se refere às preocupações da vida profissional, que se seguem ao estágio, que estão concluindo – eu devia lhes dizer, de viva voz, não fora a imperativa determinação indica que após a campanha eleitoral, o pleito, me obrigou a obrigatório recesso para tratamento de saúde, inadiável, considerando o excessivo esforço que realizei no último pleito.
Solicitei, entretanto, a um jovem, rebento de nova geração que me representasse, falando por mim aos nossos conterrâneos da significação do alicerce que acabam de formar, para o edifício futuro de suas existências. É o Naylorzinho. Ele dirá por mim, Ele que conheceu de perto o meu esforço do último mês, lhes pedirá perdão por essa imperdoável ausência.
Que o Criador os oriente para um destino que faça honra à tradição da fibra sertaneja e seja resposta às necessidades de nossa gente.

Afetuosamente,

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